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O presidente do Grupo Samsung, Lee Kun-hee, morreu hoje aos 78 anos, anunciou a empresa sul-coreana, mas não revelou a causa da morte. O homem que fez da fabricante de televisores baratos uma das empresas mais valiosas do mundo, mas que também teve “enredos” com a lei, se foi para sempre, quem o substituirá?

Lee Kun-hee assumiu a Samsung após a morte de seu pai (que fundou a empresa) Lee Byung-chul em 1987. Na época, as pessoas só pensavam na Samsung como um fabricante de televisores baratos e micro-ondas não confiáveis, vendidos em lojas de descontos. Porém, Lee conseguiu mudar isso muito em breve e, já no início dos anos 90, a empresa sul-coreana superou seus concorrentes japoneses e americanos e se tornou um grande player na área de chips de memória. Mais tarde, o conglomerado também conseguiu se tornar o mercado número um de displays e celulares de médio e alto padrão. Hoje, o grupo Samsung é responsável por um quinto do PIB da Coreia do Sul e financia uma empresa líder envolvida na ciência e na investigação.

O Grupo Samsung foi liderado por Lee Kun-hee em 1987-2008 e 2010-2020. Em 1996, ele foi acusado e considerado culpado de subornar o então presidente da Coreia do Sul, Roh Tae-woo, mas foi perdoado. Outra acusação surgiu em 2008, desta vez por evasão fiscal e peculato, da qual Lee Kun-hee acabou se declarando culpado e renunciou à chefia do conglomerado, mas no ano seguinte foi novamente perdoado para poder permanecer no Comitê Olímpico Internacional. e cuidar disso, para os Jogos Olímpicos de 2018, que serão realizados em Pyongyang. Lee Kun-hee era o cidadão mais rico da Coreia do Sul desde 2007, sua fortuna é estimada em 21 bilhões de dólares americanos (aproximadamente 481 bilhões de coroas tchecas). Em 2014, Frobes nomeou-o a 35ª pessoa mais poderosa do planeta e a pessoa mais poderosa da Coreia, mas no mesmo ano sofreu um ataque cardíaco, cujas consequências supostamente enfrenta até hoje. O incidente também o forçou a se retirar dos olhos do público, e o grupo Samsung foi efetivamente administrado pelo atual vice-presidente e filho de Lee – Lee Jae-yong. Em teoria, ele deveria ter sucedido ao pai como chefe do conglomerado, mas também teve problemas com a lei. Infelizmente, ele participou de um escândalo de corrupção e passou quase um ano na prisão.

Quem liderará a Samsung agora? Haverá grandes mudanças na gestão? Para onde irá o gigante da tecnologia a seguir? Só o tempo irá dizer. Porém, uma coisa é certa, o lucrativo cargo de “diretor” da Samsung não fará falta a ninguém e haverá uma “batalha” por isso.

Zdroj: The Verge, The New York Times

 

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